
Lunatito (Vidro Natural)
Individual 12.5g
- País: Chile
- Ano achado: 1994
- Classificação: Vidro Natural Vidro Natural
- Massa total: 0,001 kg
- Queda observada: Não
Lunatito (Vidro Natural)
Durante uma expedição realizada em 1994, no coração do Deserto do Atacama, no Chile, o renomado colecionador Carlos Cornejo fez uma descoberta intrigante que até hoje desafia a ciência. Em meio ao solo árido e desolado do icônico Valle de la Luna — uma região onde o tempo parece ter parado — ele encontrou fragmentos de um material vítreo, translúcido e com tons que variam do amarelo âmbar ao dourado esverdeado, cintilando sob o sol como se guardassem um segredo milenar.
O mais fascinante é que, mesmo após análises preliminares, a origem exata dessas peças ainda permanece um enigma. Foram descartadas tanto a hipótese de formação por impacto meteorítico (como nos casos dos tectitos e vidros líbios) quanto a possibilidade de serem produtos de atividade vulcânica (como a obsidiana). Esses vidros naturais seguem desafiando as explicações geológicas tradicionais. Seriam eles o resultado de um processo geológico desconhecido? Ou vestígios de algum fenômeno extremo que moldou o Atacama em tempos remotos?
As amostras aqui disponíveis foram obtidas por meio de permuta direta com o próprio Carlos Cornejo, garantindo procedência e autenticidade. São peças ideais para colecionadores que buscam o inusitado, o misterioso e o não explicado. Com brilho hipnotizante, textura lisa e aparência etérea, esses vidros são mais que objetos — são fragmentos da história geológica da Terra que ainda não foi completamente revelada.
Adquirir um exemplar desse material é ter em mãos um pedaço genuíno de um dos ambientes mais extremos do planeta, carregando consigo o fascínio da descoberta, a beleza do desconhecido e o magnetismo natural de uma relíquia que continua a intrigar geólogos e colecionadores ao redor do mundo.
IMPORTANTE: apesar de terem sido colocados na seção de Impactitos, o Lunatito não é considerado um tectito. Devido a sua origem desconhecida, atualmente pode-se dizer que é o Lunatito é apenas um vidro natural.

Vidro Natural
Vidros naturais não formados por impacto de meteoritos são produtos de processos geológicos intensos, geralmente associados ao vulcanismo. O exemplo mais conhecido é a obsidiana, um vidro vulcânico originado pela solidificação extremamente rápida de lavas ricas em sílica (ácidas), como as riolíticas. Devido ao resfriamento súbito, os átomos não têm tempo para se organizar em estruturas cristalinas, resultando em uma rocha amorfa. A obsidiana é facilmente reconhecida por seu brilho vítreo, coloração escura (geralmente preta, mas podendo ser marrom, verde ou cinza) e fratura conchoidal, que produz lascas extremamente afiadas — uma característica que foi explorada por diversas culturas pré-históricas para fabricar ferramentas, pontas de flecha e lâminas cirúrgicas rudimentares.
Existem variações notáveis, como a obsidiana arco-íris, com reflexos iridescentes causados por microinclusões, ou a obsidiana nevada, que apresenta cristais esferulíticos brancos contrastando com a matriz escura. Outro tipo de vidro natural é a tachilita, associada a basaltos, com composição máfica (baixa sílica), coloração escura e textura vítrea. Já o perlito é um vidro vulcânico hidratado, com estrutura concêntrica e tendência a se expandir ao ser aquecido — propriedade explorada na indústria de construção e horticultura.
Esses vidros vulcânicos são importantes marcadores geológicos, ajudando a compreender a história eruptiva de determinadas regiões. Eles também registram condições únicas de temperatura e viscosidade do magma no momento de sua formação. Ao contrário dos vidros por impacto, como os tectitos, esses materiais são inteiramente endógenos, refletindo processos internos da Terra. Seu estudo contribui para áreas como petrologia ígnea, vulcanologia e arqueologia, além de terem valor comercial e estético como pedras ornamentais.