Bediasito

Individual 9.818g

  • Classificação: Tectito Bediasito
  • Queda observada: Não
Bediasito

Os tectitos norte-americanos são de longe os mais antigos e bem preservados tectitos conhecidos. São divididos em dois grandes grupos: Bediasitos e Georgiaitos. Foram produzidos há 34 mlhões de anos por um grande impacto na baia Chesapeake. Após um voo de cerca de 2000 km, os Bediasitos vieram aterrisar em sedimentos do Mioceno. Ao longo do tempo a erosão fez surgir afloramentos provenientes desse periodo deixando a amostra os bediasitos. Como resultado desse histórico de redescobertas, a maioria dos espécimes são bem desgastados. Bediasitos de qualidade mediana tem pouca ou nenhuma da camada externa original. 

Para encontrá-los não é somente um esforço de caminhada por centenas ou milhares de milhas quadradas na área de prospecção (como é caso dos Australitos). No caso dos Bediasitos, a superficie do solo onde eles se espalharam na ocasião do impacto foi soterrada, litificada e somente nas regiões onde há erosão é que esse tectito pode ser encontrado. Muito material derivado da erosão foi sendo depositado em solo sedimentar mais jovem. 

Para finalizar os bediasitos são tectitos que se enquadram numa categoria de maior raridade e um dos dois unicos tectitos encontrados nas américas. O custo do outro tectito norte-americano, Georgeaito, supera o valor de $ 100.00 dolars a grama.

Tectito

Tectitos (do grego tektos, fundido) são pequenas rochas de vidro com dimensões de até alguns centímetros e que a maioria dos cientistas crê terem sido formadas na sequência de impactos de grandes meteoroides.

Com o impacto, os materiais terrestres são fundidos e projetados a distâncias de até centenas de quilómetros, arrefecendo e solidificando durante o seu trajeto no ar. Apesar de um impacto de um meteorito ser necessário à sua formação, os tectitos são formados a partir de material terrestre e não de materiais extraterrestres, como frequentemente é dito. Têm cor negra ou verde translúcida, com formas variáveis, incluindo, aerodinamicamente arredondados, discoid, gota, halter ou irregular.

Os tectitos são designados com base no local em que foram encontrados e estão associados a uma cratera de impacto. Como exemplo, os tectitos encontrados na República Checa são chamados moldavitos e estão associados à Cratera de Nördlingen.
 

Atualmente são conhecidos em todo o mundo quatro campos de dispersão de tectitos, mas apenas três deles foram associados a uma dada cratera.

Indicam-se abaixo alguns tipos de tectitos, agrupados nos quatro campos de dispersão conhecidos:
 

  • Campo de dispersão australasiático (maior região de espalhamento de tektitos. Sem cratera associada identificada; veja  cratera de Wilkes Land):
    • Australitos (Austrália, escuros, sobretudo pretos)
    • Indochinitos (Sudeste Asiático, escuros, sobretudo pretos)
    • Rizalitos ou Filipitos (Filipinas, escuros, sobretudo pretos com ranhuras "U" características)
    • Chinitos (China, pretos)
       
  • Campo de dispersão norte-americano (Cratera de impacto da Baía de Chesapeake, Estados Unidos, idade: 34 milhões de anos):
    • Bediasitos (Estados Unidos, Texas, pretos)
    • Georgiaitos (Estados Unidos, Geórgia, verdes)
       
  • Campo de dispersão da Costa do Marfim (cratera do Lago Bosumtwi, Gana, idade: 1 milhão de anos):
    • Ivoritos (Costa do Marfim, pretos)
       

Tal como a obsidiana, também os tectitos foram utilizados desde há milhares de anos no fabrico de utensílios, e em usos decorativos e rituais. Os impactos de meteoritos produzem também os chamados vidros de impacto. Porém, ao contrário do que sucede com os tectitos, estes não são projetados para longe da cratera, permanecendo antes nesta.